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Out.

CERATOCONE, tudo que você precisa saber

 

 

O ceratocone é uma doença degenerativa, não inflamatória, que deforma a córnea, tornando-a mais curva e fina, adquirindo a forma de um cone. 

Acomete ambos os olhos de maneira assimétrica e costuma aparecer na adolescência, progredindo até os 30-35 anos de idade, faixa etária de cerca de 80% dos pacientes, quando, então, tende a se estabilizar.

Não se conhece bem ao certo a causa do ceratocone, mas estudos demonstram que é uma doença hereditária. Pacientes alérgicos estão mais predispostos a desenvolvê-la, possivelmente devido ao hábito de coçar os olhos. Outras doenças também estão relacionadas, como: Síndrome de Down, Síndrome de Ehlers-Danlos, rinite alérgica e asma. 

O sintoma inicia quando a visão fica levemente distorcida, com piora da miopia e/ou astigmatismo, devido ao aumento da curvatura corneana. Imagens fantasmas, aumento da sensibilidade à luz e presença de halos noturnos também pode acontecer. 

O diagnóstico é feito durante o exame clínico oftalmológico e é comprovado com exames objetivos como a topografia corneana, que avalia a curvatura, e a paquimetria ultrassônica, que verifica a espessura da córnea. 

O ceratocone não causa cegueira, mas pode ser debilitante à visão caso nenhum tratamento seja realizado. O tipo de tratamento varia de acordo com o estágio de evolução da doença, que vai do uso de óculos ou lentes de contato até a realização de cirurgia. 

A correção com óculos proporciona boa visão somente nas fases iniciais da doença, quando ainda não há astigmatismo irregular relevante. Quando o uso de óculos não é suficiente, são indicadas lentes de contato, preferencialmente rígidas gás permeáveis. 

As lentes de contato por serem rígidas, formam uma nova superfície corneana e, assim, corrige toda sua irregularidade. Em alguns casos, podem ser usados as lentes gelatinosas especiais para ceratocone e as lentes esclerais. É importante lembrar também, que as lentes para o ceratocone corrigem os problemas de visão, mas não atrasam o avanço da doença.

As lentes devem ser adaptadas corretamente por um especialista para que o paciente não sinta desconforto e intolerância com as mesmas, Muitos pacientes desistem de usar lentes por estarem má adaptadas e, consequentemente, optem em fazer uma cirurgia de transplante de córnea indevidamente. 

Para conter a evolução da doença, é indicado o crosslink. Esse procedimento é realizado com a aplicação de uma vitamina que, em conjunto com uma luz ultravioleta, provoca o enrijecimento corneano, aumentando a resistência da córnea.

Nos casos avançados, para facilitar a adaptação das lentes de contato, são indicadas intervenções cirúrgicas como o implante de anel intracorneano ou o transplante de córnea. 

O implante do anel intraestromal induz o aplanamento corneano significativo, além de reduzir substancialmente o grau de miopia e/ou astigmatismo. Porém, o paciente, muitas vezes, contiunua dependendo da adaptação de lentes de contato para poder enxergar melhor. 

Quando não é mais possível o implante de anel, devido a cicatrizes corneanas, curvaturas muito elevadas ou afinamentos corneanos relevantes, é indicado o transplante de córnea, seja com a técnica manual ou com o laser de femtosegundo.

Os transplantes da córnea, também conhecidos como ceratoplastia, são realizados como a última opção de tratamento. Há um risco de rejeição, e, em geral, a córnea deve ser reoperada aproximadamente a cada 10 anos.  Apesar de tudo os pacientes continuam, muitas vezes, a precisar do uso de lentes de contato. 

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